A China é o país que mais investe em tecnologias relacionadas ao biodiesel. De acordo com estudo do Centro de Documentação e Informação Tecnológica, o país está em primeiro lugar entre os maiores depositantes de patentes no segundo semestre de 2008. Dos 285 pedidos, a China é responsável por 117. No ranking das instituições e empresas depositantes, os quatro primeiros colocados são universidades chinesas.

O trabalho da série Alerta Tecnológica revela também que a maior concentração de patentes se refere a tecnologias relacionadas a gazes liquefeitos de petróleo e a usos de aditivos em combustíveis, além da mistura de hidrocarbonetos líquidos. 
O desenvolvimento deste trabalho está em sintonia com o Programa Nacional da Produção e Uso do Biodiesel, lançado pelo governo federal em dezembro de 2004. Este programa visa implementar de forma sustentável a produção e o uso do biodiesel contemplando a diversidade de oleaginosas, a garantia de suprimento, a qualidade do novo combustível e uma política de inclusão social.

No âmbito deste Programa, a Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005, introduziu o biodiesel na matriz energética brasileira e fixou um percentual mínimo obrigatório de 2% (B2), em volume, de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final a partir de janeiro de 2008. Essa mesma Lei determinou que, até janeiro de 2013, esse percentual deverá ser de 5% . 

O percentual obrigatório de mistura de biodiesel no diesel mineral acarreta em um aumento significativo da demanda por este combustível no Brasil. Em consequência disso a produção brasileira aumenta para suprir esta demanda que resulta na criação de diversas novas plantas de produção. A P&D na área torna-se imprescindível para o desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao tema, visando ao desenvolvimento de produtos mais barato e de melhor qualidade. 

O Governo Federal, por meio do BNDES, FINEP e outras instituições, tem fomentado a P&D e produção de biodiesel. Além desse esforço, foi criada a Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel que visa tanto à articulação dos diversos atores envolvidos na P&D e na produção de biodiesel, quanto à identificação e eliminação de gargalos tecnológicos que venham a surgir durante a evolução do Programa Nacional em questão.

Tendo em vista o atual cenário de apoio do governo à produção e à P&D nos diversos elos da cadeia do biodiesel, o INPI vem, por meio do CEDIN, colaborar com o PNPB, facilitando o acesso ao público interessado às informações existentes sobre biodiesel no banco de patentes do INPI.

 

Fonte: INPI