A TV QUE VOCÊ DOBRA E LEVA NO BOLSO

On novembro 11th, 2011, posted in: Noticias e Artigos by Comentários desativados em A TV QUE VOCÊ DOBRA E LEVA NO BOLSO

Você enfia a mão no bolso e dele tira um pedaço de plástico dobrado. Ele se acende. Você pressiona uma das bordas e estica o material até que fique como uma tela. Depois, você enrola o aparelho, como um canudo de papel, e guarda no bolso. Hoje, essa tecnologia ainda não está no mercado. Mas é um consenso entre os pesquisadores que o futuro da transmissão de informações pertence às telas maleáveis.

Durante a CES em Las Vegas, a principal feira mundial de novidades eletrônicas, em janeiro, a Sony apresentou um projeto de laptop com uma tela flexível. Ela cumpria o papel de teclado e monitor – sem dobradiça – e podia ser aberta, como uma revista, duplicando a área do monitor. O modelo não passava de um brinquedo de plástico, mas deu uma ideia do que eles sonham fazer. A Sony também mostrou um bracelete revestido, que funcionaria como reprodutor de vídeo e áudio. Já imaginou assistir a um filme no pulso?

A principal ideia em projeto é o papel eletrônico, feito com telas tão finas quanto folhas de sulfite. Espera-se que ele possa substituir livros, revistas e jornais, dando a impressão de uma folha de papel comum. Ele poderia ser enrolado e guardado no bolso, como plástico.

As expectativas em torno da produção de telas flexíveis têm levado empresas e universidades a pesquisar novos materiais. Em janeiro, um grupo de cientistas da Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, descreveu um método alternativo e mais versátil de produzir filmes com base em um novo material derivado do carbono, o grafeno. Graças a sua estrutura, ele é um dos materiais mais resistentes entre os já produzidos. Especula-se que o grafeno possa até substituir o silício na fabricação de chips de computador e outros produtos eletrônicos.

Ele representa um avanço, porque suas folhas são finas e podem ser dobradas sem que haja qualquer dano. Elas também conduzem eletricidade. Até a descoberta dos coreanos, era possível produzir grafeno apenas em tamanhos menores que a espessura de um fio de cabelo. Agora, os pesquisadores trabalham na escala de alguns centímetros.
Nos EUA, o centro que faz as pesquisas para o Exército, no Arizona, testou recentemente, em parceria com a DuPont e a HP, um processo de impressão usando telas flexíveis em rolos plásticos e a tinta eletrônica E Ink, desenvolvida no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

No ano passado, a empresa de tecnologia Plastic Logic apresentou seu modelo de livro digital. Ele usa tinta eletrônica e materiais plásticos. Tem apenas 7 milímetros de espessura, pesa 450 gramas e a bateria dura uma semana. Seu público-alvo é formado por executivos que não queiram carregar livros, jornais e muito papel. Tudo pode ser armazenado no aparelho.
A produção das telas flexíveis precisa superar dois grandes desafios.

O primeiro é fazer tinta colorida – por enquanto, tudo é em preto e branco. O segundo é tornar as telas rápidas o bastante para exibir imagens em movimento – hoje, elas são estáticas. Algumas empresas concentram seus esforços para levar a cor às telas. Uma das alternativas poderá ser uma tela que usa compostos orgânicos que emitem luz quando recebem cargas elétricas, conhecido como Oled. O próximo desafio será fazer com que custem um preço que você se disponha a pagar.

Fonte: AdNews