O INPI anunciou, no dia 14 de fevereiro de 2012, o deferimento de três Indicações Geográficas relacionadas às pedras decorativas da região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. As novas IGs, que sempre terminam com o nome do estado, são para: “Região Pedra Carijó”, “Região Pedra Madeira” e “Região Pedra Cinza”. O sindicato local tem um prazo de 60 dias para pagar a taxa referente à expedição do certificado e, assim, garantir a formalização do registro.
A Região Noroeste do Rio de Janeiro possui uma produção tradicional de pedras decorativas desde a década de 1960. Aas atividades de extração de rochas começaram em Santo Antonio de Pádua, no fim da década de 50, como lavra dos milonito-gnaisses.
No início, elas eram comercializadas na forma bruta e sem polimento. Após a década de 90, surgem as primeiras serrarias, que começaram a produzir pequenas placas chamadas lajinhas e que conquistaram o mercado nacional, dada a sua singularidade, rusticidade e baixo custo pra revestimento de muros, fachadas, calçamentos e meio fios. A área delimitada agora inclui parte dos municípios de Santo Antonio de Pádua, Miracema, Laje do Muriaé, Itaperuna, Porciúncula, Varre-Sai, Natividade, Cambuci, São José de Ubá e Aperibé.
Elas se juntam às outras Indicações Geográficas brasileiras, que estão relacionadas aos seguintes produtos: o café do Cerrado Mineiro (MG), o vinho do Vale dos Vinhedos (RS), a carne do Pampa Gaúcho (RS), a cachaça de Paraty (RJ), as uvas e mangas do Vale do Submédio São Francisco (BA/PE), o couro acabado do Vale do Sinos (RS), o café da Serra da Mantiqueira (MG), o arroz do Litoral Norte Gaúcho (RS), os vinhos de Pinto Bandeira (RS), o artesanato em capim dourado do Jalapão (TO), os doces de Pelotas (RS), os camarões de Costa Negra (CE), as panelas de barro de Goiabeiras (ES), o queijo do Serro (MG), as peças artesanais em estanho de São João del-Rei (MG), os calçados de Franca (SP) e os vinhos dos Vales da Uva Goethe (SC).