Naquela época não parecia politicamente incorreto, afinal éramos crianças ou quase. Atualmente, seria totalmente inapropriado, indecente, escandaloso (nenhuma referência ao tal vídeo) vender para crianças alguma coisa semelhante a cigarros.
Ah, tempos bons aqueles de descobertas e brincadeiras em que tudo que pertencia ao mundo dos adultos era desejado e proibido.
Não fazia mal algum fazer propaganda com cigarrinhos de chocolate, era um desejo infantil, brincar com eles talvez até evitasse algumas tragadas escondidas no banheiro. Consumi muitos cigarrinhos de chocolate e nem por isso me tornei um fumante (talvez um pouco fofo), mas este ato, quase de “delinqüência juvenil”, foi o suficiente para confeccionar algumas teorias de conspiração hilárias.
Segundo Rodrigo Jéster a aparência inocente, a doçura do chocolate, tudo era parte de um plano para condicionar os adultos de hoje a consumir cigarros e que alguns dos fumantes entrevistados por ele em sessões de hipnoterapia, vejam só, confessaram que ao invés de ver nas embalagens mensagens como “o fumo causa câncer”, apenas viam um menino sorridente, convidando-o a saborear o conteúdo da caixa. Suas pesquisas o levaram a crer que o foguete no topo da fábrica de chocolates Pan era um plano de fuga de figuras chaves do cartel tabagista. Se for isso mesmo, eles fugiram para o espaço porque o foguete já não está mais lá.
Hoje em dia os cigarrinhos, infelizmente, deixaram de existir e foram substituídos pelos politicamente corretos Chocolápis. Quem sabe a Pan não forme agora uma geração de escritores, ou pintores? De qualquer forma, eles continuam referenciando os lápis aos antigos cigarrinhos de chocolate de uma época inocente.
Fonte: http://www.doceshop.com.br